Google anuncia Flutter 3, agora com suporte para desktop macOS e Linux

O Google criou o Flutter há alguns anos, com o objetivo de criar uma estrutura de software multiplataforma. A maior força do Flutter é que ele pode ser usado para criar aplicativos para Android, iOS, Linux, Windows, macOS e até mesmo a web, e todos a partir da mesma base de código compartilhada. Embora a criação de aplicativos para Windows tenha recebido suporte estável em fevereiro, tanto o macOS quanto o Linux ainda estavam apenas na versão beta. Agora isso está mudando, pois o Google anunciou o Flutter 3 no Google I/O deste ano, completo com suporte estável para a criação de aplicativos para macOS e Linux.

É claro que o suporte multiplataforma para essas duas novas plataformas requer mais do que apenas programas que podem ser executados. Eles precisam se encaixar no restante da experiência e também precisam oferecer suporte a recursos específicos que podem ser exclusivos. É por isso que o Google está destacando duas coisas: a primeira é que o suporte ao Linux ajudado pela Canonical (a editora do Ubuntu) e o Google colaborando para “oferecer uma opção de desenvolvimento altamente integrada e de primeira linha”.

Como o Google coloca, a Canonical já está desenvolvendo com “Flutter para experiências de shell chave, incluindo instalação e atualizações de firmware”. Além disso, seus pacotes específicos para Linux “fornecem uma API idiomática para os principais serviços do sistema operacional, incluindo dbus, gsettings, networkmanager, Bluetooth e notificações de desktop, bem como um tema abrangente e conjunto de widgets para Yaru, a aparência do Ubuntu”.

Quanto ao macOS, o Google investiu no suporte a dispositivos Intel e Apple Silicon, com suporte Binário Universal que permite que os aplicativos empacotem executáveis ​​que rodam nativamente em ambas as arquiteturas.

Firebase e Flutter

O Firebase do Google é um conjunto bastante abrangente de ferramentas de desenvolvimento. Seu objetivo é facilitar o desenvolvimento e a manutenção de aplicativos, com recursos como relatórios detalhados de falhas, análise de usuários, autenticação e armazenamento. De acordo com o Google, 63% dos desenvolvedores do Flutter usam o Firebase em seus aplicativos, e a equipe vem tentando integrar o Firebase e o Flutter como resultado. Essa integração agora está melhor do que nunca, com documentação e ferramentas aprimoradas e novos widgets, como a interface do usuário FlutterFire, que fornece aos desenvolvedores uma interface do usuário reutilizável para telas de autenticação e perfil.

Além disso, o plug-in Crashlytics do Flutter foi atualizado para que os desenvolvedores possam rastrear erros fatais entre usuários em tempo real, com o mesmo conjunto de recursos que outros desenvolvedores iOS e Android obteriam. É muito mais fácil de configurar e utilizar também.

Melhorias fundamentais no Flutter 3

Claro, o Flutter 3 não se trata apenas de expandir o suporte à plataforma do framework. Ele também apresenta outras coisas, incluindo suporte para Material Design 3. O Android 12 viu o lançamento do Material Design 3, incluindo o mecanismo de temas de cores Material You.

O Material Design 3 não é a única melhoria fundamental que chega com o Flutter 3. Agora ele suporta Apple Silicon nativamente - tanto para desenvolvimento quanto para saída compilada. A Dart adicionou suporte ao Apple Silicon no final do ano passado, e o Flutter pode aproveitá-lo para uma compilação muito mais rápida em dispositivos alimentados por chip's M1.

Quanto às mudanças específicas do Dart, o Google diz que introduziu três novos recursos de linguagem que ajudarão os desenvolvedores. Esses três recursos são enumerações aprimoradas, argumentos nomeados em qualquer lugar e superconstrutores. Eles também adicionaram assinatura executável, suporte experimental RISC-V, um linter atualizado e nova documentação. O Google tem um blog dedicado que você pode conferir para obter mais informações sobre o Dart 2.17.